REGIÃO NORDESTE
A Região Nordeste do Brasil possui 1.554.257,000 Km 2 de extensão territorial sendo o terceiro maior complexo regional do país, correspondendo a 18,2% da área total do Brasil. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), de 659, é considerado médio. A região é composta por nove estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Segundo dados do IBGE de 2010, a região Nordeste possuía 53.081.950 habitantes sendo considerada a segunda região mais populosa do país, abrigando cerca de 28% da população residente no Brasil. A densidade demográfica é de 36,49 habitantes por quilômetro quadrado; o crescimento demográfico é de 1,3% ao ano. A população urbana é maioria – 73%. O estado da Bahia é o mais populoso e Sergipe possui a menor concentração populacional da Região.
O território nordestino limita-se ao oeste com a região Norte, a sudoeste com a região Centro-Oeste, ao sul com a região Sudoeste, além de ser banhado ao norte e leste pelo oceano Atlântico. São identificados três tipos de clima na região Nordeste: tropical, semiárido e equatorial úmido. Por estar localizada na zona intertropical da Terra onde grande quantidade de luz que incide na superfície do local, a temperatura é muito elevada durante o ano todo. O clima tropical ocorre principalmente no sul da Bahia, centro do Maranhão e no litoral de todos os estados da região, caracterizado por duas estações bem definidas, sendo uma seca e uma chuvosa. O clima semiárido abrange especialmente a região central do Nordeste, onde as temperaturas são elevadas durante o ano todo, as chuvas são irregulares com ocorrência de prolongada estiagem. O clima equatorial úmido é identificado em uma restrita área da região localizada a oeste do Maranhão, que sofre influência do clima equatorial, com temperaturas elevadas e chuvas abundantes.
Quanto à vegetação, a região apresenta grande diversidade. Ao longo das áreas litorâneas são encontrados mangues e vegetação de dunas. Em locais onde há o clima tropical, como no centro-oeste da região, a vegetação de Cerrado é predominante. Nas regiões onde prevalece o clima semiárido encontra-se a Caatinga. No extremo oeste da região Nordeste, onde o clima é o equatorial, a vegetação encontrada é a floresta Amazônica, além da ocorrência de Mata dos Cocais.
A região apresenta vários problemas de ordem socioeconômica. Os estados nordestinos ocupam as últimas colocações no ranking nacional de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A taxa de mortalidade infantil é a maior do país – 33,2 óbitos a cada mil nascidos vivos. Cerca de 55% das residências não possuem saneamento ambiental. A expectativa de vida do nordestino é a menor do Brasil (70 anos). Entretanto, a economia nordestina está em constante processo de desenvolvimento e a Região vem recebendo várias indústrias devido a concessão de benefícios fiscais pelos governos estaduais como isenção de impostos e doação de terrenos, além de mão de obra mais barata. Outro elemento essencial para a economia do Nordeste é a exploração de petróleo: a região é a segunda produtora de petróleo do país e a maior na extração de petróleo em terra. Possui também um dos principais polos petroquímicos do Brasil – Camaçari, na Bahia.
Devido a irregularidade das chuvas na região a agricultura e a pecuária são extremamente prejudicadas. Destacam-se nesse setor a criação de cabras, em razão da fácil adaptação do animal ao clima. A cana-de-açúcar é o produto agrícola que se destaca, mas as lavouras irrigadas de frutas tropicais vêm crescendo em importância na produção nacional. O Nordeste apresenta significativa criação comercial de camarão, concentra 97% da produção nacional desse crustáceo. O turismo é de fundamental importância na economia. O grande número de cidades litorâneas com belas praias atrai milhões de turistas anualmente com impacto favorável na economia dos municípios.
MUNICÍPIOS PESQUISADOS NA REGIÃO NORDESTE
JOÃO PESSOA (PB)
É a capital e principal centro econômico e financeiro do estado da Paraíba. Possui extensão territorial de 211,475 km² e segundo dados do IBGE em 2010 contava com 723.515 habitantes com densidade demográfica de 3.421,28 hab/km², IDHM Índice de desenvolvimento humano municipal de 0,763, está na área de clima tropical úmido, com média acima de 18º C, a vegetação é de Savana Arborizada, Floresta Estacional e influência urbana.
O clima da cidade é do tipo mediterrâneo ou nordestino seco, com temperaturas médias anuais de 26º C. No litoral a média é de 28o C e na área do Planalto da Borborema 22º C. Segundo dados do IBGE cidades, a taxa de escolarização (para pessoas de 6 a 14 anos) foi de 96.9 em 2010 e houve 94.355 matrículas no ensino Fundamental em 2018.
Dados do SISAB – MS indicam que em novembro de 2018 havia 193 equipes de ESF no município garantindo uma cobertura de 82%. Dados do IBGE indicam 70% de esgotamento sanitário e em 2016 houve 1,1 internações por diarreia para cada 1.000 habitantes.
CAMPINA GRANDE (PB)
Município do estado da Paraíba com extensão territorial de 593,026 km² e população de 385.123 hab em 2010, densidade demográfica de 648,31 hab/km² e, população estimada de 409.731 habitantes em 2019, segundo o IBGE. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,720 sendo considerado alto.
Está localizada em área de clima tropical semi – úmido, com vegetação de Savana-Estépica Arborizada. Campina Grande é considerada um dos principais polos industriais da região nordeste, possuindo o segundo maior PIB entre os municípios paraibanos, representando 15,63% do total das riquezas produzidas na Paraíba.
Em 2010, segundo o IBGE Cidades, a taxa de escolarização (para pessoas de 6 a 14 anos) foi de 97.6 e efetuou em 2018, 53.596 matrículas no Ensino Fundamental. Em 2009, o município contava com 112 estabelecimentos de saúde (IBGE Cidades), mas segundo a Secretaria de Saúde de Campina Grande, em 2018 houve ampliação de cobertura do número de ambulâncias, com um aumento de seis novos carros na frota do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) sendo um equipado para atendimento em áreas de difícil acesso.
As Unidades de Pronto Atendimento (UPA) ganharam uma nova ambulância cada uma. O Centro Especializado em Reabilitação (CER) recebeu um carro adaptado para o transporte de pessoas com deficiência. Um veículo também foi entregue para o serviço de captura de animais de rua e outro carro foi equipado para o combate do mosquito Aedes aegypti, o carro fumacê.
Dados do SISAB – MS indicam que em novembro de 2018 o município contava com 104 equipes ESF garantindo uma cobertura de 87%. Dados do IBGE indicam 84% de esgotamento sanitário. Em 2016 houve 1,7 internações por diarreia a cada 1.000 habitantes.
FORTALEZA (CE)
O município de Fortaleza é capital do estado do Ceará. Possui extensão territorial de 314,930 km², com 34 Km de praias e uma população em 2010 de 2.452.185 e densidade demográfica de 7.786,44 hab/km² e população estimada em 2019 pelo IBGE de 2.669.342 habitantes. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) municipal é de 0,754, considerado alto.
Fortaleza é a maior cidade do Ceará em população e a quinta da região nordeste. A região metropolitana de Fortaleza é a sexta mais populosa do Brasil e a primeira do Norte e Nordeste. É um importante centro industrial e comercial do Brasil. No turismo, de acordo com o Ministério do Turismo, a cidade alcançou as marcas de segundo destino mais desejado do Brasil e quarta cidade brasileira que mais recebe turistas.
O município está localizado na área de clima tropical semiárido, com temperatura média acima de 18º C e vegetação típica de Savana-Estépica, com palmeiras e influência urbana. Em 2010, a taxa de escolarização (para pessoas de 6 a 14 anos) foi de 96.1 e foram efetuadas 300.444 matrículas no Ensino Fundamental em 2018. Isso posicionava o município na posição 161 de 184 dentre as cidades do estado e na posição 4499 de 5570 dentre as cidades do Brasil.
Dados do IBGE Cidades informa que em 2009 existiam 187 estabelecimentos de saúde (SUS) no município. O SISAB – MS indica que em novembro de 2018 havia 333 equipes ESF garantindo uma cobertura de 43%. Dados do IBGE indicam 74% de esgotamento sanitário. A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 11.5 para 1.000 nascidos vivos. As internações devido a diarreias são de 1.4 para cada 1.000 habitantes.