REGIÃO SUDESTE

A Região Sudeste apesar de ser a mais desenvolvida e populosa do país, responsável por 55,2% do PIB brasileiro, é a segunda menor região brasileira, ocupando uma área de aproximadamente 924 620 km², ou seja, 1/10 da superfície do Brasil. Composta por quatro estados: Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro faz divisa ao norte e a nordeste com a Bahia, ao sul e ao leste com o oceano Atlântico, a sudoeste com o Paraná, a oeste com o Mato Grosso do Sul, a noroeste com Goiás e o Distrito Federal.

A região Sudeste possui uma população de aproximadamente 85 milhões de habitantes, o que significa dizer que 44% da população brasileira mora no Sudeste. É também a região mais densamente povoada do Brasil com 84,21 hab./km².

O relevo do Sudeste é formado por planícies e terras baixas costeiras com muitas praias, restingas, lagoas costeiras e baías; Serras e Planaltos conhecidos também como planalto Atlântico, sendo a parte mais acidentada da Região Sudeste. As serras constituem a Serra do Mar. No Oeste está localizado o Vale do Rio Paraíba do Sul, que separa a Serra do Mar da Serra da Mantiqueira. Ao Norte as serras se afastam do litoral e dão origem a Serra do Espinhaço; ao norte de São Paulo e a oeste de Minas Gerais encontra-se a Serra da Canastra. Atrás da serra do Espinhaço, no noroeste da região é possível encontrar as chapadas sedimentares; o Planalto Meridional constituído por rochas sedimentares ocupa o centro-oeste de São Paulo e o oeste de Minas Gerais.

Quanto ao clima, a região Sudeste apresenta uma variação climática decorrente de sua geografia, com clima tropical, tropical de altitude, subtropical, litorâneo úmido e semiárido. O clima tropical predomina nas baixadas litorâneas do Rio de Janeiro, Espírito Santo, norte de Minas Gerais e oeste de São Paulo, com temperaturas médias acima de 24°. O tropical de altitude predomina as partes mais altas do relevo e mantém temperatura média amena, em torno dos 18ºC. O clima Subtropical é marcado por chuvas bem distribuídas durante todo o ano, com temperatura média de 17ºC, predomina na região sul do estado de São Paulo. No norte de Minas Gerais predomina o clima semiárido, com estação seca bem destacada que pode durar até mais de cinco meses. As menores temperaturas registradas na região da Serra da Mantiqueira, que está localizada na divisa de Minas Gerais com os estados de Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro.

A vegetação da Região Sudeste varia de acordo com o clima sendo possível encontrar Floresta Tropical, a Mata Atlântica bastante rica em árvores altas; em algumas áreas do interior é possível encontrar matas ciliares na beira dos rios, e nas áreas onde o solo predominante é impermeável, a vegetação encontrada é o cerrado com suas árvores baixas, vegetação rasteira e arbustos. No norte de Minas Gerais a vegetação é a caatinga por causa do seu clima semiárido. Nas áreas mais altas da Região Sudeste, aparece a mata de araucária. No planalto encontram-se os campos limpos, e no litoral da Região Sudeste a vegetação predominante é a litorânea, típicas
de praias.

MUNICÍPIOS PESQUISADOS NA REGIÃO SUDESTE

BELO HORIZONTE (MG)
O município de Belo Horizonte é a capital do estado de Minas Gerais. Possui uma extensão territorial de aproximadamente 331.401km² e uma população em 2010 de 2 371.151 habitantes, com densidade demográfica de 7.167,00 hab/km² e população estimada em 2019 de 2.512.070, sendo considerado o 6º município mais populoso do país, o terceiro mais populoso da Região Sudeste e o mais populoso do Estado de Minas Gerais. O IDH municipal é de 0,810, considerado alto.

Localizada na Bacia do São Francisco, Belo Horizonte não é banhada por nenhum grande rio e preserva pouco de sua vegetação original cujos ambientes naturais foram extensamente modificados pelo homem.  Cercada pela Serra do Curral, Belo Horizonte foi uma das primeiras cidades brasileiras planejadas para ser a capital política e administrativa do estado mineiro, em substituição à Ouro Preto.

O clima é classificado como tropical com estação seca. A temperatura é amena durante o ano, com médias variando de 19 °C a 24 °.

Em 2010, Belo Horizonte gerou 1,4% do PIB do país, e em 2013 era o quarto maior PIB entre os municípios brasileiros, responsável por 1,53% do total das riquezas produzidas no país. Em 2010 a taxa de escolarização (para pessoas de 6 a 14 anos) foi de 97.6 e foram efetuadas 275.413 matrículas no ensino fundamental em 2018.

A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 9.99 para 1.000 nascidos vivos. Dados do SISAB – MS indicam em novembro de 2018 que havia 571 equipes de ESF garantindo uma cobertura de 78%. Dados do IBGE indicam 96,2% de esgotamento sanitário.

SÃO BERNARDO DO CAMPO (SP)
É um município do estado de São Paulo localizado na mesorregião metropolitana do estado com extensão territorial de 409,532 km², sua população em 2010 era de 765.463 com densidade demográfica de 1.869,36 hab/km². Para 2019 a população foi estimada em 838.936 habitantes. O Índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM) é de 0,805. Atualmente o município é formado pelos distritos de São Bernardo do Campo e Riacho Grande De acordo com dados de 2015, do IBGE, o município de São Bernardo do Campo ocupa o 16° lugar de PIB entre as cidades brasileiras, com 42,7 bilhões de reais, ou 0,71% do PIB brasileiro.

São Bernardo está inserido em área com clima úmido temperado, com temperatura média entre 15 °C e 24 °C. A vegetação do município é variada. Próximo a Serra do Mar, há densa cobertura nativa de Mata Atlântica primária e secundária. Devido à existência de duas grandes áreas de reserva florestal, nas vertentes da bacia do sistema Billings a vegetação é secundária de média densidade, devido processo de regeneração das áreas desmatadas, enquanto na área urbana, a vegetação está presente principalmente em praças e canteiros.

Em 2010 a taxa de escolarização (para pessoas de 6 a 14 anos) foi de 97.6 com 97.226 matrículas efetuadas no Ensino Fundamental em 2018.

A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 9.86 para 1.000 nascidos vivos. Dados do SISAB – MS indicam que em novembro de 2018 o município possuía 133 equipes de ESF que representam 55,48% de cobertura. Dados do IBGE indicam 91% de esgotamento sanitário adequado nas residências.

GOVERNADOR VALADARES (MG)
O município localizado no Vale do Rio Doce, a leste da capital do estado, possui uma área de 2 342,325 km², representando 0,4003% do território. Segundo o IBGE, a população em 2010 era de 263.689, com densidade demográfica de 112,58 hab/km². A estimativa populacional em 2019 foi de 279.885 habitantes. O IDH municipal de 0,727, é considerado alto.

É uma região relativamente aplainada, com altitudes médias entre 250 a 500 metros, com a presença de colinas suaves, vales e muitos cursos hídricos. Por se localizar na bacia do Rio Doce, o curso do rio corta o território municipal banhando toda zona urbana sendo o responsável pelo fornecimento de água à maior parte da cidade.

O município caracteriza-se por clima quente semi-úmido, com temperatura média acima de 18ºC e quatro a cinco meses secos. Sua vegetação é de florestamento/Reflorestamento com Eucaliptos.

Com o esgotamento dos recursos naturais, na década de 1960, houve a queda drástica da produtividade na cidade o que reduziu os ganhos de capitais, provocando o fenômeno da migração dos agentes econômicos. Para o conjunto da região, houve uma mudança no perfil econômico-social, com sua transformação em reservatório de mão de obra industrial e para o trabalho doméstico do resto do país. Nos anos 1970, a situação se agravou.

A cidade de Governador Valadares foi a única de sua zona de influência que continuou a manter um crescimento demográfico, porém, num ritmo menor que o crescimento vegetativo. Em 1993, calculou-se que cerca de 27.000 valadarenses haviam emigrado para o exterior, grande parte deles na faixa entre 16 e 35 anos. Os dólares enviados pelos emigrantes movimentaram a indústria da construção civil, o comércio e propiciaram a abertura de muitos negócios. Estes recursos foram fundamentais para manterem a dinâmica da economia nos anos 1980 e 90 e garantir o desenvolvimento da economia em outros setores dali por diante.

Em 2010 a taxa de escolarização (para pessoas de 6 a 14 anos) foi de 97.2 com 34.742 matrículas efetuadas em 2018 no Ensino Fundamental A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 14.32 para 1.000 nascidos vivos. As internações devido a diarreias são de 0.4 para cada 1.000 habitantes. Dados do SISAB – MS indicam que em novembro de 2018 o município possuía 61 equipes de ESF com cobertura de 74,92%. Dados do IBGE indicam 92,8 % de esgotamento sanitário.