REGIÃO NORTE

A região norte do país possui 3.853.676,948 Km 2 de extensão territorial, é a maior região do território brasileiro, correspondendo a 45% da área total do país. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), de 683, é considerado médio e, em comparação com as outras regiões brasileiras, tem o segundo menor IDH, superando apenas a Região Nordeste. A região abriga os dois maiores estados do país: Amazonas e Pará e os três municípios brasileiros mais extensos: Altamira (PA), Barcelos (AM) e São Gabriel da Cachoeira (AM), que possuem cada um mais de 100.000 km². Limita-se ao sul com os estados de Mato Grosso, Goiás, além da Bolívia, a leste com o Maranhão, Piauí e a Bahia, a oeste com o Peru e com a Colômbia e a norte com Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa.

O clima é predominantemente equatorial, apresentando temperaturas elevadas e altos índices pluviométricos. É a região com maior umidade no país. O regime de chuvas é bem marcado, havendo um período seco, de junho a novembro, e outro com grande volume de precipitação, dezembro a maio. Esse clima quente e chuvoso favorece o crescimento das espécies vegetais e a reprodução das espécies animais durante o ano todo. Isso faz com que a Amazônia possua a flora mais variada do planeta, além de uma fauna muito rica em pássaros, peixes e insetos.

A vegetação é abundante, composta pela floresta Amazônica e a hidrografia é representada pelos grandes rios das bacias hidrográficas: Amazônica e do Tocantins. A região Norte é a menos povoada do território nacional, com a menor densidade demográfica: 4,1 habitantes por quilômetro quadrado. Segundo o IBGE, a população total em 2010 era de 15.864.454 habitantes, dos quais 73,5% residiam em áreas urbanas. Sua população apresenta grande heterogeneidade, com aproximadamente 228 mil índios de diversas etnias. A atividade econômica baseia-se principalmente no extrativismo de produtos, como o látex, açaí, madeira e castanha. A Região é também rica em minérios, representada pela Serra dos Carajás (PA), de onde se extrai grande parte do minério de ferro brasileiro, e a Serra do Navio (AP), rica em manganês.

O setor industrial concentra-se, principalmente, na Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), a qual se expandiu em virtude de uma série de políticas de incentivo fiscal no objetivo de desenvolver e fortalecer economicamente a região. O Polo Industrial de Manaus possui mais de 500 indústrias voltadas para os setores de eletroeletrônico, químico, informática, fabricação de motos, bicicletas e refrigerantes.

Os estados do Norte apresentam alguns problemas sociais, tais como, insuficiência de saneamento ambiental, analfabetismo (atingindo 10% da população) e mortalidade infantil (23,5 a cada mil nascidos vivos). Em 2018, de acordo com o site da saúde do governo do estado, 95% dos casos de sarampo registrados no país se localizaram no Amazonas.

A cobertura da população pelas Equipes de Atenção Básica à Saúde na Região Norte em 2010 estava em 58,4%, sendo esta taxa a menor de todas as regiões do país.

MUNICÍPIOS PESQUISADOS NA REGIÃO NORTE

VILHENA (RO)
É um município do estado de Rondônia localizada na porção sul-leste do estado, cuja área territorial é de 11.519 km², com população era de 76.202 pessoas, segundo dados de 2010 do IBGE e densidade Demográfica de 6,62 hab/Km 2 , sendo o quarto município mais populoso de Rondônia. Vilhena possui o segundo melhor IDH de Rondônia.

O clima é tropical, quente e úmido, considerado ameno para os padrões climáticos da região amazônica, com temperatura média anual de aproximadamente 25,8 °C. A cidade possui três reservas indígenas: Parque Aripuanã, Parque Tubarões e Posto Roosevelt.

A situação da saúde do município é mantida exclusivamente pela prefeitura de Vilhena, cuja rede garantia cobertura populacional de atendimento de saúde de 34,6% (PACS) e 39,1% (ESF), conforme dados do SIAB 2010. Em 2009 a cidade contava com 27 estabelecimentos de saúde e em 2018 com 8 equipes de ESF e 17 equipes do Mais Médicos. A rede de saúde pública é formada pelo Hospital Regional Adamastor Teixeira de Oliveira (Serviço U.T.I.), Centro de Atendimento Emergencial Neonatal, vários postos e centros de saúde.

No âmbito Educacional, a rede pública teve investimentos nos últimos anos como a criação de escolas, reformas, ampliações, contratações e investimentos na capacitação dos profissionais de educação para melhorar a qualidade de ensino. Em 2010, segundo o IBGE, a taxa de escolarização entre 6 e 14 anos foi de 97,8% e em 2018 ocorreram 14.220 matrículas para o ensino fundamental.

ARAGUAÍNA (TO)
Araguaína era a quarta maior cidade do estado de Goiás, de 1980 a 1986, com a promulgação da Constituição de 1988 e a consequente emancipação do norte de Goiás, tornou-se a maior cidade do novo estado e a sua pretensa capital, mas não foi escolhida por fatores geográficos, sociais e políticos, principalmente por influência de José Sarney, então presidente da República, que, segundo o governo do estado na época, não queria prejudicar o desenvolvimento da cidade de Imperatriz, no Maranhão, a 250 km. Araguaína, possui 3.920 Km 2 , com uma população em 2010 de 150.484 e densidade demográfica de 37.62 hab/km 2 , com uma população estimada para 2019 de 180.470 habitantes (IBGE).

O clima do município de Araguaína é tropical semiúmido, com uma estação definida de chuvas, entre os meses de outubro a maio, e uma estação seca, entre os meses de junho a setembro. As temperaturas são elevadas durante todo o ano, com mínima de 20 ºC e máxima em torno de 32 ºC.

O município é referência regional na saúde, apresenta, pela rede pública, o HDT-UFT, hospital universitário especializado em doenças tropicais. A cobertura populacional de saúde, de acordo com dados do SIAB em 2010, era de 21,8% (PACS) e 104,6% (ESF). Em 2009 o município contava com 41 estabelecimentos de saúde (SUS) e em 2018 com 25 equipes de ESF, 07 equipes do Mais Médicos e 03 Equipes de Agentes Comunitários de Saúde.

O município é referência estadual em educação para o sul dos estados do Pará e do Maranhão. Além do ensino básico e fundamental, o município conta com cinco universidades, sendo três públicas (Universidade Federal do Tocantins, Instituto Federal do Tocantins  e a Universidade Federal do Norte do Tocantins). O município apresenta também as maiores escolas técnicas e profissionalizantes do estado do Tocantins. Em 2010, segundo o IBGE, a taxa de escolarização entre 6 e 14 anos foi de 97,5% e em 2018 ocorreram 25.739 matrículas para o
ensino fundamental.

MACAPÁ (AP)
Capital do estado do Amapá, situa-se no sudeste do estado e é a única capital estadual cortada pela linha do Equador. Ocupa uma área de 6.407,123 km² representando 4,4863 % do Estado e teve uma população de 398.204 no último Censo e densidade demográfica de 62,14hab/km 2 .

O município detém o 94º maior produto interno bruto da nação, com 8,9 bilhões de reais e é a quinta cidade mais rica do norte brasileiro, respondendo por 2,85% de todo o produto interno bruto (PIB) da região. Na Amazônia, é a terceira maior aglomeração urbana, com 3,5% da população de toda a Região Norte do Brasil, reunindo em sua região metropolitana quase 560 mil habitantes. Aproximadamente 60% da população do estado está na capital.

Além da agricultura, extrativismo e indústria, Macapá possui um forte comércio de atacado e varejo, sendo essa a principal fonte de renda do município. Sua localização privilegiada garante uma maior facilidade nas relações comerciais com a Europa, América Central e América do Norte. A Zona de Livre Comércio de Macapá aumenta as oportunidades de negócios para o estado, principalmente para a indústria e comércio.

A cobertura populacional de saúde, de acordo com dados do SIAB em 2010, era de 21,8% (PACS) e 36,5% (ESF). Em 2009 o município contava com 79 estabelecimentos de saúde (SUS) e em 2018 com 29 equipes de ESF e 48 equipes do Mais Médicos. O município é um importante centro educacional do Estado do Amapá, tanto no ensino médio como superior, e concentra a maioria das escolas e faculdades públicas e particulares. Em 2010, segundo o IBGE, a taxa de escolarização entre 6 e 14 anos foi de 94,8% e em 2018 ocorreram 75.732 matrículas para o ensino fundamental.